Foto: Renan Mattos (Diário)
Moradores querem instalar uma central de segurança onde era a sede da escola de samba
Uma comissão representativa de moradores do Bairro Tancredo Neves foi formada com o objetivo de reivindicar a reutilização do terreno que abrigava a sede da escola de samba Trevo de Ouro, localizada na Avenida Paulo Lauda.
Há cerca de dois anos sem atividades da agremiação, o local, que era cedido pela prefeitura, estava abandonado e foi retomado pelo Executivo depois que a escola não encaminhou a documentação necessária para garantir a concessão do terreno.
O espaço possui apenas ruínas da antiga estrutura. Entre as poucas paredes que ainda sobraram, há vegetação alta e lixo acumulado. Além disso, a insegurança do local tem preocupado a comunidade, já que, segundo os moradores, os fundos do terreno seriam utilizados para consumo de drogas.
A comissão, formada por sete moradores, reuniu-se com o vereador Valdir Oliveira (PT), que também reside no bairro, no início do mês, e decidiu por votação qual seria a intenção prioritária da comunidade com o espaço: uma central de segurança para a Zona Oeste, que integrasse órgãos como Guarda Municipal, Brigada Militar e Polícia Civil.
Caso não haja acerto com o Executivo, outras alternativas foram levantadas, como a criação de um espaço recreativo e profissionalizante voltado para crianças, jovens e idosos, uma área verde, ou um centro destinado a associações e ao sindicato.
Projetos que impactam na vida do santa-marienses estão na pauta da Câmara
Sobre a reivindicação da comunidade, a prefeitura diz que ainda não decidiu o que será feito. "As propostas são relevantes e consideramos cada uma delas, no entanto, são sugestões que demandam investimentos financeiros, os quais a prefeitura não dispõe no momento", informa a prefeitura em nota.
Uma reunião entre comissão, vereador e Executivo deve acontecer nas próximas semanas. Por enquanto, os moradores seguem sonhando com um futuro melhor para o local.
- Nós estamos fazendo esse pedido para os órgãos públicos, para que saia essa tão sonhada obra - destaca Maria Lima, líder da associação comunitária do bairro e presidente da comissão.
A prefeitura acrescenta que só vai fazer um orçamento depois da definição do projeto.
- A obra tem que sair do papel. Isso é o mais importante - salienta Maria.
Lugar que, por muito tempo, foi o destino de foliões, a antiga escola de samba se encontra, agora, com o futuro indefinido.